A vitória acachapante do prefeito reeleito João Campos (PSB) contribuiu para impulsionar as candidaturas a vereador do partido. Na legislatura atual o PSB tem 14 parlamentares. No início da campanha, os próprios vereadores do partido tinham a expectativa de que fossem eleitos 12, mas o PSB recebeu 298 mil votos (33,5%) e conquistou 15 vagas (40,5%), um acréscimo de uma em comparação com a legislatura atual. A Câmara de vereadores do Recife, que perderá duas cadeiras para o quadriênio 2025-28, terá 37 vereadores a partir de fevereiro.
Os eleitos pelo PSB foram Romerinho Jatobá (20,2 mil), Aderaldo Pinto (15,8 mil), Andreza Romero (15,7 mil), Natália de Menudo (15,2 mil), Eriberto Rafael (14,8 mil), Felipe Francismar (13,8 mil), Carlos Muniz (13,4 mil), Rinaldo Junior (12,6 mil), Rubem (12,2 mil), Eduardo Mota (11,8 mil), Zé Neto (11 mil), Luiz Eustáquio (10,4 mil), Junior de Cleto (9,9 mil), Hélio Guabiraba (9,7 mil) e Wilton Brito (9,5 mil).
Perderam suas vagas quatro vereadores do PSB: Almir Fernando, Chico Kiko, Eduardo Marques e Joselito Ferreira. E quatro novos entraram: Rubem, Eduardo Mota, Junior de Cleto e Wilton Brito. O vereador licenciado Carlos Muniz conseguiu a reeleição.
Em 2º lugar, a chapa da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), que elegeu cinco parlamentares, na ordem: Liana Cirne (PT, 14,8 mil votos), Marco Aurélio Filho (PV, 12,4 mil), Cida Pedrosa (11,3 mil), Flávia de Nadegi (PV 11,2 mil), Kari Santos (PT, 9,3 mil). O conjunto de partidos perdeu uma cadeira em relação às seis da legislatura atual. Perderam suas cadeiras Osmar Ricardo (PT), Jairo Britto (PT) e Victor André Gomes (PV). Entraram duas estreantes: Kari Santos (PT) e Flávia de Nadegi (PV).
A 3ª chapa de vereadores mais votada foi a do PL, que recebeu 95,4 mil votos e elegeu 4 parlamentares (10,8% das cadeiras da Câmara), mantendo o mesmo número que tem na legislatura atual. Os eleitos foram Gilson Machado Filho (16 mil votos), filho do candidato derrotado a prefeitura; Fred Ferreira (11,8 mil), do clã familiar evangélico dos Ferreira; Thiago Medina (10,5 mil) e Paulo Muniz (9,4 mil).
Entre os três atuais, dois se reelegeram: Fred Ferreira e Paulo Muniz, enquanto Alcides Cardoso perdeu sua vaga. Entraram novos Gilson Filho e Thiago Medina.
Em 4º lugar está a chapa do MDB, que recebeu 75,5 mil votos e fez três vereadores: Samuel Salazar (13,3 mil votos), Fabiano Ferraz (9,7 mil votos) e Tadeu Calheiros (6,9 mil votos). Ferraz não tinha mandato, enquanto os outros dois foram reeleitos. O partido ampliou em uma o número de cadeiras que possui atualmente.
O PSD (56,3 mil votos) elegeu dois vereadores: Davi Muniz (11,9 mil) e Junior Bocão (7,9 mil). O Republicanos (48,1 mil) elegeu dois: Ana Lúcia (8,6 mil) e Rodrigo Coutinho (8,3 mil).
O Partido Novo (43,8 mil), que tinha apenas uma cadeira na legislatura atual, agora elegeu dois: Felipe Alecrim (7,9 mil) e Eduardo moura (5,2 mil). O PP (39,7 mil) elegeu um: Alef Collins (7,1 mil), filho do casal de políticos Pastor Cleiton Collins e Missionária Michele Collins.
A Federação Psol-Rede (37 mil votos), hoje com dois parlamentares (ambos do Psol), elegeu apenas uma: Jô Cavalcanti (do Psol, com 7,6 mil), militante do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).
O Avante (28,4 mil) elegeu um: Alcides Teixeira (8,9 mil). E o PRD (24,1 mil) elegeu um Gilberto Alves.
Disputaram as eleições e ficaram sem cadeiras os partidos Democracia Cristã (15,5 mil), Mobiliza (6,1 mil), a Federação PSDB-Cidadania (2,5 mil votos), os partidos Solidariedade (1,6 mil), Unidade Popular (773 votos), PSTU (394 votos), e PCO (41 votos).
Renovação
O índice de renovação da Câmara do Recife foi de 32,4%. Dos 37 vereadores da próxima legislatura, 25 já possuem mandato na casa, enquanto 12 são novos representantes da população do Recife. São eles Kari Santos (PT), Jô Cavalcanti (Psol), Flávia de Nadegi (PV), Rubem (PSB), Eduardo Mota (PSB), Junior de Cleto (PSB), Fabiano Ferraz (MDB), Alcides Teixeira (Avante), Alef Collins (PP), Gilson Filho (PL), Thiago Medina (PL) e Eduardo Moura (Novo).
Voto de legenda
O PSB teve 17,5 mil votos na legenda, enquanto o PL recebeu 3,7 mil votos deste tipo. O voto na legenda são aqueles em que o eleitor, no voto para vereador, digita apenas dois números, correspondentes à legenda do partido (40 para o PSB e 22 para o PL, por exemplo). Os dois partidos com mais votos, mas sem candidaturas majoritárias, foram o MDB (876 votos na legenda) e o PT (2,4 mil votos na legenda).
Apesar de uma parcela do eleitorado ter afinidade com um partido a ponto de entregar o voto à sigla, sem escolher um vereador, a maior parte destes, segundo especialistas, são resultado de erros de digitação: eleitores que digitam o número do prefeito no momento de escolher vereadores.
Edição: Vinícius Sobreira