NoahLoren

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Um drone militar israelense conduziu um ataque direto contra um veículo de um membro da equipe de vacinação contra a poliomielite do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza, reportou a agência.

As informações são da rede de notícias Anadolu.

O carro sofreu danos, mas o funcionário de saúde não se feriu — embora “profundamente abalado” —, reportou a Unicef.

Outro ataque feriu três crianças perto de uma clínica de vacinação em Sheikh Radwan, ao interromper a campanha de vacinação na região, confirmou a agência.

“As ações em Jabalia, na clínica de vacinação e contra um funcionário da Unicef são mais um exemplo das graves consequências dos ataques indiscriminados contra civis na Faixa de Gaza”, comentou Catherine Russell, diretora executiva da Unicef, no sábado (2).

Segundo Russell, a nova escalada israelense contra o norte de Gaza — em curso desde o início de outubro, sob alertas de limpeza étnica e reocupação ilegal — representa “um dos capítulos mais sinistros desta guerra terrível”.

Russell reiterou que a lei internacional ordena proteção a civis e infraestrutura civil, dentre os quais trabalhadores humanitários, abrigos e residências. Todavia, ao longo de um ano, Israel destruiu bairros inteiros, escolas, hospitais e outros.

Russell advertiu ainda que “as ordens de evacuação e deslocamento [emitidas por Israel] não significam que qualquer parte no conflito possa considerar indivíduos e objetos civis como alvos militares”.

A Unicef pediu ainda “investigação imediata” sobre o incidente.

A Unicef, junto à Organização Mundial da Saúde (OMS), Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) e Ministério da Saúde da Palestina, tem realizado a segunda etapa da campanha contra a vacinação contra pólio no enclave.

A primeira rodada da vacinação foi implementada entre 1º e 12 de setembro, sob tréguas de três dias cada no centro, sul e norte de Gaza, atingindo 95% do público-alvo. A segunda fase segue a estratégia; contudo, sem a adesão de Israel.

A campanha foi acordada após um primeiro caso sintomático da doença em 25 anos, em um bebê de apenas dez meses de idade.

A cobertura vacinal contra pólio nos territórios palestinos é notavelmente alta, com 99% em 2022 — no entanto, registrou queda a 89% no final de 2023, no contexto dos bombardeios israelenses a Gaza, com 43 mil mortos e cem mil feridos.

Casos de hepatite A, difteria e gastroenterite também atingem a população.

Os avanços de Israel seguem em desacato de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, além de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

[–] [email protected] 0 points 3 days ago

Eu tinha uma vizinha que morreu dessa doença que não existe segunda essa senhora.

Ela deixou duas filhas, na época ambas menores de idade.

 

As vezes eu esqueço que ainda existe monarquia em muitos países na Europa.

Pela notícia algumas regiões foram afetadas por enchentes, houveram pessoas que morreram, a população acusa o governo de negligência e de demorar muito para mandar ajuda.

Esse casal de aristocratas foi lá demonstrar "apoio simbólico". Foram rechaçados, mas após uma conversa os moradores se acalmaram, porém as próximas visitas aos locais afetados foram canceladas.

[–] [email protected] 0 points 1 week ago (2 children)

Li a matéria e eram médicos de verdade espalhando essas desinformações a respeito de câncer de mama.

O primeiro desencorajou a pessoa a fazer mamografia, embora ele negue que tenha a aconselhado a não fazer, afirmou que a radiografia é perigosa, não sei o bastante para dizer se é e ainda deu um palpite de que a protuberância na mama da pessoa em questão era fruto de deficiência de yodo. Tudo isso apenas através de uma caixa de perguntas no Instagram!? Esse cara é melhor que o Doutor House...

A segunda simplesmente disse que câncer de mama não existe. E ela se apresentou como uma especialista nessa área... Embora a matéria diga que não encontraram o registro dela...

Vamos acabar com esse mito do médico superior moral e intelectualmente. Por favor.

 

A crescente popularidade global do TikTok fez com que o cofundador de sua empresa-mãe, a ByteDance, se tornasse a pessoa mais rica da China.

Zhang Yiming agora possui uma fortuna de US$ 49,3 bilhões (cerca de R$ 283 bilhões), um aumento de 43% em relação a 2023, de acordo com a lista do instituto de pesquisa Hurun.

Aos 41 anos, Zhang deixou o cargo de diretor-executivo (CEO no jargão empresarial) da ByteDance em 2021, mas acredita-se que ainda detenha aproximadamente 20% da empresa.

O TikTok tornou-se um dos aplicativos de rede social mais populares do mundo, apesar de preocupações em alguns países sobre seus vínculos com o governo chinês.

Embora tanto o TikTok quanto a ByteDance afirmem ser independentes do governo chinês, os Estados Unidos planejam banir o TikTok em janeiro de 2025, a menos que a ByteDance venda a operação no país.

Apesar da pressão dos americanos, o lucro global da ByteDance aumentou 60% no ano passado, elevando a fortuna pessoal de Zhang Yiming.

"Zhang Yiming é a 18ª pessoa a chegar ao topo da lista (de mais rico) da China em apenas 26 anos", disse Rupert Hoogewerf, chefe do Hurun Research Institute.

"Os Estados Unidos, em comparação, tiveram apenas quatro números um: Bill Gates, Warren Buffett, Jeff Bezos e Elon Musk. Isso dá uma indicação do dinamismo da economia chinesa."

Antes de Zhang, a pessoa mais rica da china era Zhong Shanshan, presidente da maior empresa de bebidas da China, a Nongfu Spring, de acordo com a Reuters.

Quem é Zhang Yiming?

Zhang Yiming nasceu em Longyan, no sudeste da China, em 1983.

Antes de criar sua própria empresa – a ByteDance, em 2012 –, ele trabalhou na Microsoft e no Kuxun, um dos principais sites de busca de viagens e transporte da China, que depois foi adquirido pelo TripAdvisor.

O engenheiro de software começou a trajetória de sua empresa com um agregador de notícias baseado em inteligência artificial que teve muito sucesso na China.

Ele mesmo o definiu como "um negócio de buscas" ou uma "rede social", mais do que apenas uma empresa de notícias, em entrevista para a Bloomberg em 2017.

Depois de investir em vários aplicativos, a ByteDance desenvolveu o precursor do TikTok, chamado Douyin, que foi lançado localmente em 2016. A ideia era criar vídeos musicais de 15 segundos para serem compartilhados na internet.

Em 2017, o Douyin chegou ao mercado internacional rebatizado de TikTok. Isso foi no mesmo ano em que a ByteDance comprou o aplicativo Musical.ly, herdando mais de 20 milhões de usuários ativos, que ajudaram na expansão do TikTok.

Num perfil na revista americana Time, Zhang é descrito como uma pessoa "discreta, mas carismático"; "jovem, mas sábio".

Zhang deixou o cargo de presidente da ByteDance em 2021, após renunciar como CEO no início daquele ano, supostamente sob pressão do governo chinês.

Bilionários da Tecnologia

Zhang Yiming não é o único representante do gigantesco setor de tecnologia da China na lista.

Pony Ma, chefe do conglomerado tecnológico com atuação na indústria de jogos eletrônicos Tencent, ocupa o terceiro lugar na lista.

No entanto, a fortuna deles não é explicada apenas pelo sucesso de suas empresas, já que seus concorrentes ganharam menos dinheiro em um ano em que a economia da China apresentou dificuldades.

Apenas cerca de 30% das pessoas na lista tiveram um aumento em seu patrimônio líquido no último ano; o restante viu uma diminuição.

"A lista dos mais ricos da China encolheu pelo terceiro ano consecutivo, de forma inédita, já que a economia e os mercados de ações da China tiveram um ano difícil", disse Rupert Hoogewerf, chefe do instituto Hurun.

"O número de indivíduos na lista caiu 12% no último ano, para pouco menos de 1.100, uma redução de 25% em relação ao pico de 2021."

Hoogewerf explicou que foi um bom ano para fabricantes de smartphones, como a Xiaomi, enquanto o mercado de energia verde enfrentou dificuldades.

"Fabricantes de painéis solares, baterias de lítio e veículos elétricos tiveram um ano desafiador, com a intensificação da concorrência levando a um excesso de oferta, e com a ameaça de tarifas", afirmou.

"Os fabricantes de painéis solares viram sua riqueza cair até 80% em relação ao pico de 2021, enquanto as empresas de baterias e veículos elétricos caíram pela metade e por um quarto, respectivamente.

Nunca mais compartilho matéria da BBC falando de nenhum bilionário ou milionário, qualquer que seja!

Ninguém me obrigou, o pior é que eu fiz isso comigo mesmo.

ಥ_ಥ

 

"Donald Trump é o Grinch que quer roubar o Natal."

A declaração é de autoria de Mark Cuban, talvez um dos bilionários mais conhecidos dos Estados Unidos, um cara eloquente que fala sobre política de uma maneira que poucos super-ricos falam.

Ele disse isso em 17 de outubro, quando subiu ao palco durante um ato de campanha da candidata democrata à presidência, Kamala Harris, na cidade de La Crosse, em Wisconsin, um dos sete Estados que podem decidir as eleições americanas.

Mal havia se passado uma semana desde que o homem mais rico do mundo, Elon Musk, discursou ao lado do candidato republicano à presidência, Donald Trump, durante um comício na cidade de Butler, na Pensilvânia, a joia da coroa dos Estados decisivos.

Cuban e Musk estão imersos em uma batalha nas redes sociais e nos palanques, competindo para ver quem consegue angariar mais apoio para um ou outro candidato na reta final da campanha para as eleições de 5 de novembro.

Empreendedor rico e midiático

Pouca gente pode não ter ouvido falar de Elon Musk. Cuban, no entanto, é um nome menos conhecido fora dos EUA.

O início da sua carreira como empreendedor remonta a quando, aos 12 anos, começou a vender sacos de lixo de porta em porta em Mt. Lebanon, no subúrbio de Pittsburgh, cidade industrial da Pensilvânia, onde nasceu, em 1958.

Mas suas iniciativas empreendedoras se tornaram mais lucrativas depois de se formar em administração na Universidade de Indiana.

O primeiro exemplo foi a MicroSolutions, uma empresa de consultoria em informática, que ele vendeu por US$ 6 milhões em 1990, antes de fundar a empresa de capital de risco Radical Computing Inc. e fazer uma pausa para estudar teatro em Los Angeles.

E nenhuma de suas empresas foi tão bem-sucedida quanto a Broadcast.com, um serviço de streaming de áudio e vídeo que ele cocriou em 1995 — e que, três anos depois, foi comprada pelo Yahoo! por US$ 5,7 bilhões.

Hoje, após ter investido em uma série de startups, ele está à frente da Cost Plus Drugs, que desde 2022 vende medicamentos a preços mais baixos.

Mas talvez ele seja mais conhecido pelo público em geral como proprietário do Dallas Mavericks, um time da NBA, a liga de basquete americana, avaliado em 2022 pela revista Forbes em US$ 4,5 bilhões — cuja participação majoritária ele vendeu no final do ano passado, embora ainda mantenha uma participação.

Ou por suas participações no reality show de empreendedorismo Shark Tank, em que os participantes apresentam produtos ou ideias de negócio a um painel de potenciais investidores.

Com esse perfil , seria de se esperar que ele tivesse mais afinidade com Trump, também empresário e com experiência televisiva — no caso do ex-presidente, no reality show O Aprendiz.

Na verdade, houve uma época em que ele tinha, mas…

Da afinidade com Trump ao convite de Hillary

"Eu o conheço há muito tempo e, embora não fosse um grande admirador dele, fizemos coisas juntos, como um evento de artes marciais mistas (MMA, na sigla em inglês)", disse Cuban recentemente ao jornalista Astead Herndon, do jornal americano The New York Times, sobre Trump.

"Depois, tivemos nossas desavenças no Twitter, mas ele não era político e isso, para mim, representava uma grande oportunidade", explicou ao podcast The Run-Up, apresentado por Herndon, em episódio que foi ao ar em 1º de outubro.

Era 2015, e Cuban se sentia atraído pelo fato de que o magnata do setor imobiliário, que tinha acabado de se interessar por política, era um outsider.

Mas seu apoio durou pouco. Mais especificamente, até uma conversa que tiveram em 2016, quando o debate dos aspirantes a candidato republicano estava se aproximando, e Trump decidiu não participar.

"Disse a ele que era um bom momento para se dirigir aos pequenos empresários, mostrar a eles seu tino para negócios, e conhecê-los melhor. E a resposta dele foi: 'Mark Cuban e Donald Trump não vão às casas das pessoas, nem se sentam às suas mesas de jantar'", ele contou a Herndon.

"Então eu perguntei a ele: 'E o que vai acontecer se você tiver que decidir se alguém vive ou morre? Ele ficou em silêncio, e não quis continuar a conversa", lembrou Cuban, afirmando que foi isso que levou ao seu afastamento.

"Honestamente, eu achava que não tinha nenhuma chance de ele vencer (a eleição de 2016). Então, quando começou a ficar claro que havia uma chance de ele ganhar — o que, como bem sabemos, acabaria acontecendo —, comecei a ficar nervoso."

Convencido de que Trump não era a pessoa ideal para ocupar a Casa Branca, Cuban partiu para a ofensiva, criticando-o em todas as entrevistas, programas e eventos que podia.

Tanto que a então candidata democrata à presidência , Hillary Clinton, o convidou para se sentar na primeira fila de um dos debates com Trump.

'Eu confio em Harris'

Oito anos depois, Cuban continua a defender que Trump não deve assumir o comando do país.

"Prefiro votar em um sanduíche de presunto", disse ele ao jornalista do The New York Times na entrevista já mencionada, depois de garantir que havia decidido votar em Joe Biden — que não o convencia —, quando ele ainda estava concorrendo à reeleição.

"Se (Trump) estivesse aqui e estivéssemos apenas falando merda, eu me daria muito bem com ele. Mas isso é diferente de querer que ele volte a ser presidente dos Estados Unidos", afirmou ele, no fim de setembro, em outro podcast, This Past Weekend, apresentado pelo comediante Theo Von.

"Acho que você precisa de alguém em quem possa confiar. Kamala é perfeita? Não. Concordo com tudo o que ela vai fazer, dizer ou fazer? Não. Mas eu confio nela."

Ele disse que a vice-presidente é minuciosa, que avalia as propostas com cuidado, que, diferentemente de Trump, não é "uma ideóloga" — mas, sim, alguém que se concentra na resolução de problemas, e que está disposta a ouvir a comunidade empresarial .

E, acima de tudo, é melhor para a economia do país. E, portanto, para todos os americanos.

Apoio não oficial, mas forte Especialistas e analistas destacam que a missão de Cuban é justamente difundir essa mensagem, já que as pesquisas mostram que os eleitores confiam mais na capacidade de Trump de lidar com a economia.

Assim, no ato de campanha de Harris em La Crosse, o mesmo evento em que ele falou sobre Grinch e o Natal, o empresário atacou as propostas tarifárias do republicano — que propôs aumentar os impostos sobre produtos importados a um nível nunca visto, em décadas, nos EUA.

"Ele acha que a China vai desembolsar o dinheiro", Cuban alertou os presentes. "Estamos falando do cara que, em 2016, achava que o México ia pagar pelo muro", acrescentou ele, em tom de gozação.

E, embora de forma velada, ele também falou para sua própria comunidade de empresários abastados do setor de tecnologia, assegurando que, em questões econômicas, Harris, se eleita, se moveria para o centro político.

"Sou socialmente liberal, mas fiscalmente conservador (...). E acho que a vice-presidente Harris se encaixa perfeitamente em nossa missão", disse ele ao podcast do New York Times.

Mark Cuban discursando em evento de campanha de Kamala Harris em La Crosse, no Estado de Wisconsin, em 17 de outubro de 2024Crédito,Getty Images Legenda da foto,Quando perguntaram a Cuban se ele coordenava sua participação com a campanha de Harris, ele disse que cuidava da sua própria 'programação' Ben Wikler, presidente do Partido Democrata de Wisconsin, é um dos que acreditam que o perfil de Cuban e suas palavras podem influenciar o eleitorado, sobretudo um dos segmentos mais disputados da população e mais resistentes a Harris: homens com menos de 50 anos.

"Seus inúmeros seguidores, incluindo os do Shark Tank e os aspirantes a empresários em Wisconsin, sabem que ele fala sério e diz o que pensa", afirmou Wikler à NBC News.

Mas também há democratas que têm sido cautelosos, advertindo que Cuban teria sua própria agenda, e questionando que benefícios poderiam advir do alinhamento com sua candidata. Perguntas semelhantes às que estão sendo levantadas pelo apoio de Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, a Trump.

A congressista democrata Alexandria Ocasio-Cortez, que representa um distrito de Nova York na Câmara dos Representantes, é uma das que alertaram sobre isso.

É que Cuban pediu a demissão do chefe da Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês), Gary Gensler, por sua posição em relação à regulamentação de criptomoedas, assim como de Lina M. Khan, que chefia a Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês).

"Se os bilionários que estão tentando flertar" com Harris pressionarem pela demissão, haverá "uma briga completa", afirmou Ocasio-Cortez.

Talvez seja por isso que Harris tenha evitado ser fotografada ao lado dele, diferentemente de Trump com Musk, embora Cuban continue fazendo campanha para ela extraoficialmente e tenha ajudado a fundar os grupos Venture Capitalists for Kamala ("Capitalistas de risco por Kamala") e Business Leaders for Harris ("Líderes empresariais por Harris").

Quando o jornal britânico The Guardian perguntou a Cuban na semana passada se ele coordenava suas aparições e mensagens com a campanha de Harris, o empresário respondeu: "Eu cuido da minha própria programação".

Ele tampouco é um grande doador. De acordo com uma investigação da rede NBC News, os registros da Comissão Eleitoral Federal mostram uma única doação de US$ 1 mil à deputada democrata Zoe Lofgren, em 2002, sob o nome de Cuban.

Algo que também o diferencia de Musk, cujo comitê de ação política criado para apoiar Trump — o America PAC— já investiu mais de US$ 119 milhões (R$ 678 milhões) nesta campanha eleitoral, de acordo com a organização de monitoramento sem fins lucrativos Open Secrets.

E agora o America PAC está sorteando US$ 1 milhão por dia até a eleição para um eleitor aleatório — não importa sua filiação partidária —, desde que tenha se registrado para votar e assinado uma petição. Uma prática que, conforme advertiu o Departamento de Justiça na quarta-feira, poderia violar a lei eleitoral.

Isso, além de suas contribuições pessoais, tornou o proprietário da SpaceX um dos maiores doadores individuais em toda a corrida presidencial.

Harris x Trump… ou Harris x Musk? Por tudo isso, Cuban chegou a dizer que, na verdade, o adversário de Harris na corrida pela Casa Branca não é Trump.

"Tudo se resume a querer obter votos", afirmou Cuban ao programa Squawk Box, da rede CNBC, ao comentar o sorteio diário de US$ 1 milhão realizado por Musk.

"E o mais louco é que não se trata mais da campanha de Harris contra a (campanha) de Trump, é Harris contra Elon."

"No caso dos republicanos, quem manda na área é Elon. É sobre isso que a corrida (pela presidência) tem sido realmente nas últimas duas semanas", afirmou o juiz de Shark Tank, em comunicado enviado à revista Fortune.

"Gosto do cara de uma maneira geral", disse ele sobre Musk ao podcast do New York Times.

"Acho que ele é um dos maiores empreendedores de todos os tempos. Respeito o que ele faz no âmbito empresarial."

Ele também reconheceu que se diverte ao confrontá-lo nas redes sociais.

"É engraçado, considerando quem ele é, o que ele representa, e que esta é a plataforma dele. O Twitter (agora X) é o bebê dele. E eu estou entrando pela porta da frente da casa dele", acrescentou, ressaltando que não faz isso para insultar, mas para confrontá-lo com os fatos.

"Essa é a criptonita deles: confrontá-los com os fatos."

Nesse sentido, ele já o alertou sobre Trump, como contou ao apresentador da NBC News, Chuck Todd.

"Ele vai queimar tudo o que tocar. Ele não se importa."

"Vai chegar um momento em que você vai precisar de algo de Donald Trump, e ele vai te desapontar. Te garanto."

Essa é a penúltima notícia envolvendo um bilionário que eu trago hoje!

 

Quando os ataques aéreos israelenses atingiram a casa dos seus patrões no sul do Líbano, Andaku (nome fictício) se viu sozinha, trancada lá dentro e aterrorizada.

A queniana de 24 anos trabalha no Líbano como trabalhadora doméstica há oito meses, mas diz que o último mês foi o mais difícil, uma vez que Israel intensificou os bombardeios no sul do país.

"Houve muitos bombardeios. Estava demais. Meus patrões me trancaram em casa, e saíram para salvar suas próprias vidas", ela contou à BBC.

O som das explosões deixou Andaku traumatizada. Ela perdeu a conta de quantos dias ficou sozinha em casa até seus patrões voltarem.

"Quando eles voltaram, me expulsaram. Nunca me pagaram, e eu não tinha para onde ir", ela disse, acrescentando que teve a sorte de ter dinheiro suficiente para pegar um ônibus para a capital, Beirute.

A história de Andaku não é a única — tampouco a primeira deste tipo.

Na sexta-feira (4/10), autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU) informaram que a maioria dos quase 900 abrigos do Líbano estavam lotados, manifestando preocupação com dezenas de milhares de trabalhadores domésticos, na sua maioria mulheres, que estão sendo "abandonados" pelos patrões desde a escalada da tensão no mês passado.

De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), uma agência da ONU, há cerca de 170 mil trabalhadores migrantes no Líbano; muitos deles são mulheres do Quênia, Etiópia, Sudão, Sri Lanka e Bangladesh.

"Estamos recebendo cada vez mais denúncias de trabalhadores domésticos migrantes sendo abandonados pelos patrões libaneses, sejam deixados nas ruas ou nas casas, enquanto os patrões fogem", afirmou Mathieu Luciano, chefe do escritório da OIM no Líbano, durante uma coletiva de imprensa em Genebra.

Muitos trabalhadores domésticos estrangeiros viajam para trabalhar no Líbano para poder ajudar financeiramente suas famílias em seus países de origem.

O salário médio mensal dos trabalhadores domésticos africanos é estimado em cerca de US$ 250 (R$ 1,4 mil), enquanto os asiáticos podem ganhar até US$ 450 (R$ 2,5 mil).

Os trabalhadores domésticos estrangeiros precisam se submeter ao sistema da Kafala (patrocínio) no Líbano, que grupos de direitos humanos descrevem como "perigoso".

O sistema não garante direitos de proteção aos trabalhadores migrantes — e permite que os empregadores confisquem seus passaportes e retenham seus salários. Os trabalhadores passam por agências com sede no Líbano.

"A falta de proteção legal no sistema da Kafala, combinada com a restrição da circulação, significa que muitos podem ficar presos em condições de exploração. Isso resultou em casos de abuso, isolamento e trauma psicológico entre os trabalhadores migrantes", afirmou Luciano.

"Além disso, temos conhecimento de casos de migrantes que foram trancados dentro das casas de cidadãos libaneses que estão fugindo, para cuidar das propriedades."

Mina (nome fictício), que é de Uganda, trabalha como trabalhadora doméstica no Líbano há um ano e quatro meses.

Ela contou à BBC que foi maltratada pela família para quem trabalhava e decidiu fugir e voltar para sua agência.

Na esperança de receber ajuda, Mina disse que ficou chocada ao saber que teria que trabalhar para outra família em um contrato de dois anos antes de poder voltar para casa.

"Quando voltei ao escritório [da agência], disse a eles que já havia trabalhado o suficiente para poder pagar a passagem e voltar para casa. Eles pegaram meu dinheiro, e me pediram para trabalhar em uma casa por dois anos para poder voltar", relata a trabalhadora doméstica de 26 anos.

O fato de ter que conviver com os sons ensurdecedores das explosões fez com que a saúde mental de Mina fosse afetada. Ela não conseguia realizar adequadamente as tarefas domésticas que eram atribuídas a ela e, por isso, pediu ao novo patrão para ir embora.

Ela estava trabalhando para uma família em Baalbek, uma cidade no nordeste do Líbano, no Vale do Bekaa.

"[A família] me bateu, me empurrou e me expulsou... Havia muitas bombas naquela época. Quando saí, não tinha para onde ir", diz ela.

Outra trabalhadora doméstica do Quênia compartilhou sua história com a BBC.

Fanaka, de 24 anos, conta que sua agência a enviava para trabalhar em casas diferentes a cada dois meses — e que tem sofrido com dores de cabeça constantes.

"Tenho tentado dar o meu melhor no trabalho, mas ninguém nasce perfeito", diz ela.

As mulheres revelam que enfrentaram muitos desafios enquanto viviam nas ruas, já que muitos abrigos se recusaram a acolhê-las, alegando que estavam reservados para libaneses desalojados, e não para estrangeiros.

Todas as três conseguiram chegar até a Caritas Lebanon — uma ONG libanesa que oferece ajuda e proteção aos trabalhadores migrantes desde 1994.

Em gravações de áudio enviadas à BBC, trabalhadores migrantes de Serra Leoa afirmam que dezenas deles permanecem nas ruas de Beirute e necessitam desesperadamente de alimentos.

Outros relataram à imprensa local que tiveram a entrada negada em abrigos organizados pelo governo porque não são libaneses.

A BBC entrou em contato com as autoridades locais, que negam qualquer forma de discriminação.

Fontes do Ministério da Educação disseram à BBC: "Nenhum centro específico foi designado para trabalhadores domésticos estrangeiros, mas, ao mesmo tempo, eles não tiveram sua entrada recusada".

Entende-se que alguns trabalhadores estão evitando os abrigos oficiais, temendo repercussões em relação à sua documentação legal incompleta.

Hessen Sayah Korban, chefe do departamento de proteção da Caritas Lebanon, diz que sua ONG está abrigando atualmente cerca de 70 trabalhadores domésticos migrantes, que são principalmente mulheres com filhos.

Ela afirma que é necessário mais financiamento para poder fornecer abrigo para até 250 trabalhadores domésticos; todos foram abandonados pelos patrões ou estão sem teto e tiveram seus documentos oficiais confiscados.

"Estamos tentando fornecer a eles toda a ajuda necessária; pode ser jurídica, mental ou física", explica Korban.

Ela acrescenta que muitos trabalhadores domésticos precisam de ajuda com sua saúde mental, porque ficaram traumatizados, devido a conflitos dentro das famílias para as quais trabalharam, ou como resultado do conflito mais amplo no país.

Desde o início de outubro, a OIM recebeu mais de 700 novas solicitações de pessoas em busca de ajuda para voltar aos seus países de origem.

A Caritas, junto a outras ONGs, está em contato com várias embaixadas e consulados para organizar a deportação segura de trabalhadores domésticos abandonados de volta aos seus países.

"É um processo que está em andamento. Estamos buscando um retorno seguro às suas cidades de origem, em coordenação com a OIM e os serviços de segurança libaneses", diz ela.

 

Neste domingo (27), enquanto saía o resultado das urnas confirmando a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) contra a candidatura de Guilherme Boulos (Psol), famílias da Frente de Luta por Moradia (FLM) ocupavam quatro prédios na região central da capital paulista. Todas as ocupações foram despejadas pela Polícia Militar (PM).

As famílias sem-teto, com dezenas de crianças, ocuparam prédios na av. Brigadeiro, na rua Major Quedinho, na av. Nove de Julho e na rua São Bento. Nesta última, foram despejadas pela Tropa de Choque, sob o sobrevoo de um helicóptero da PM, aos gritos de “o povo na rua, prefeito a culpa é sua”.

Na rua Major Quedinho, onde o prédio foi ocupado por cerca de 80 pessoas no fim da tarde, “as pessoas foram recebidas com bomba de gás, estilhaço, alguns se feriram”, de acordo com Osmar Borges, da coordenação da FLM. “Em todas as ocupações foi usada a Tropa de Choque para retirar os sem-teto na marra, mesmo sem liminar de reintegração de posse”, afirma.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, comandada pelo ex-policial da Rota Guilherme Derrite, três homens foram detidos na ocorrência da Bela Vista. Em nota, a pasta do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) informou que a PM foi acionada “para atuar em ocorrências de invasão de propriedade entre o final da tarde e a noite de domingo (27)” e que “a situação foi controlada”.

Por volta das 22h o 3º pelotão de Choque se posicionou em frente ao prédio na av. Nove de Julho que, até então abandonado, tinha sido ocupado três horas antes por cerca de 60 pessoas. Um vídeo mostra policiais se posicionando na porta de entrada, enquanto outro agente aponta a arma de bala de borracha para uma janela. “Tem crianças aí dentro”, alerta uma pessoa atrás da câmera.

“A tropa invadiu o prédio, fazendo a identificação de todas as famílias, como se fossem criminosas, mães, crianças”, narra o coordenador da FLM. Durante a retirada da área, os sem-teto estenderam uma faixa com os dizeres “Nenhuma mulher sem casa”.

O despejo do prédio na rua da Mooca aconteceu nesta segunda-feira (28), com participação da Guarda Civil Metropolitana (GCM).

Por acesso à moradia no centro

Apesar de terem sido feitas no domingo em que Nunes venceu segundo turno com 59,35% dos votos contra 40,65% de Boulos, deputado federal e liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Osmar Borges explica que as quatro ocupações não ocorreram por conta da eleição municipal.

“Fazem parte de uma agenda que a FLM realiza todos os anos para falar sobre a questão da moradia no centro da cidade, dialogar com os poderes locais, reivindicar a retomada de políticas como locação social e programas habitacionais que assegurem o acesso à moradia por famílias que ganham de um até três salários-mínimos”, pontua Borges.

“Reivindicamos o aumento desses investimentos, principalmente nessas regiões mais privilegiadas de estrutura para a população de menor renda, que é a grande maioria que gera riqueza nos centros urbanos da cidade”, afirma o coordenador da FLM. “Agora vamos nos reorganizar a prepara novas jornadas de luta”, ressalta.

Edição: Nathallia Fonseca

[–] [email protected] 0 points 1 week ago* (last edited 1 week ago) (1 children)

A política externa do governo Lula era um das poucas coisas que ainda conseguia me surpreender positivamente... Hoje em dia nem isso mais!

A Nova Rota da Seda até onde eu sei, posso ter entendido errado, além de objetivos económicos também iria servir para fortalecer relações com outros países e realizar trocas culturais - Soft Power!? Até onde eu sei alguns públicos encaram até hoje conteúdo produzido na China como propaganda... Até pode ser mas eu acho que um jogo de Fantasia ambientado na China Antiga não está exatamente exaltando o Exército da Libertação Popular.

Considerando que a China é a fábrica do mundo eu acho que existem vários setores da elite política e económica dos Estados Unidos que tentariam no mínimo frear a presença desse país na América do Sul e no Caribe para frear concorrência por mercado, matéria prima e recursos - Mas estou supondo, não entendo porcaria nenhuma de economia.

Esse projeto até que poderia trazer alguns benefícios para o Brasil, provavelmente não traria apenas pontos positivos e muito menos melhoraria a vida da maior parte da população por motivos de capitalismo. Mas ainda seria benéfico para a economia de uma perspectiva governamental e estreitaria laços diplomáticos.

 

As prefeitas eleitas Emília Corrêa (Aracaju-SE), do PL, e Adriane Lopes (Campo Grande-MS), do PP, são as únicas mulheres que estarão à frente das administrações municipais entre todas as capitais brasileiras a partir de 2025. Elas venceram as eleições em segundo turno, neste domingo (27).

Outras seis candidatas chegaram à disputa em segundo turno em capitais: Rose Modesto (em Campo Grande), do União, Natália Bonavides (em Natal), do PT, Janad Valcari (em Palmas), do PL, Maria do Rosário (em Porto Alegre), do PT, Cristina Graeml (em Curitiba), do PMB, e Mariana Carvalho (em Porto Velho), do União. O número representa queda com relação a 2020, quando as candidatas em segundo turno eram 20.

Aumento no número de mulheres No primeiro turno, entre todos os municípios, 724 mulheres foram eleitas, o que representa 13% das cidades que resolveram a disputa em 6 de outubro. Em 2020, foram 663 as cidades que elegeram mulheres (12%).

Ciranda Eleitoral 2024: Como se saíram os parlamentares nas urnas? Em 2020, foram 663 as cidades que elegeram mulheres (12%)

Segundo levantamento da Consultoria-Geral da Câmara dos Deputados, o número de mulheres eleitas (incluindo prefeitas e vereadoras) em 2024 aumentou dois pontos percentuais em relação às eleições de 2020. Elas representam 17,92% dos eleitos este ano. Nas últimas eleições, foram 15,83%. Há quatro anos, das 58 mil vagas de vereador, 9,3 mil (ou 16,13%) foram de mulheres. Em 2024, das 58,3 mil vagas, 10,6 mil (18,24%) foram ocupadas por elas.

2020

No ano de 2020, nenhuma mulher foi eleita nas capitais, enquanto nas cidades com mais de 200 mil habitantes, as elas venceram em oito: Suellen Silva (em Bauru-SP), do Patriota, Raquel Chini (em Praia Grande-SP), do PSDB, Raquel Lyra (em Caruaru-PE), do PSDB, Elisa Gonçalves (em Uberaba-MG), do Solidariedade, Elizabeth Silveira (em Ponta Grossa-PR), do PSD, Marília Campo (em Contagem-MG), do PT, Margarida Salomão (em Juiz de Fora – MG), do PT, e Paula Mascarenhas (em Pelotas-RS), do PSDB.

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Legal, você poderia compartilhar eles qualquer dia conosco aqui no Lemmy.eco.br, mas apenas se você quiser.

 

Eu estou pensando em criar uma comunidade dedicada a História.

Basicamente serviria no meu caso para compartilhar textos do site História do Mundo, discutir sobre fontes de consulta sobre fatos históricos e também comentar acontecimentos marcantes.

Vocês já pararam para pensar que a matéria de História tem a sua quantidade de conteúdo aumentada a cada ano? Só nos últimos anos já aconteceram dias guerras marcantes no Leste Europeu e no Oriente Médio, sem contar os golpes de estado/revoluções no continente africano.

Qual vai ser a grossura dos livros de história do fundamental em 2500? Acho que estou viajando.

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Utilizar os serviços da Meta é exatamente como eu imagino que fazer um pacto com o Capiroto deva ser.

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O equivalente brasileiro as flores de cerejeira.

 

O vice-presidente do PT no Distrito Federal, Wilmar Lacerda, foi preso preventivamente na quinta-feira, 24, sob suspeita de violência sexual contra duas adolescentes, de 13 e 17 anos.

Wilmar foi detido na 3ª fase da Operação Predador, deflagrada pela DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).O processo está em segredo de Justiça para preservar o andamento das diligências e não prejudicar as investigações.

Por meio de nota enviada ao site IstoÉ, o PT informou que Wilmar foi afastado cautelarmente do partido “até que se esclareçam os graves fatos noticiados”.

Policiais civis abordaram o vice-presidente da sigla em uma via pública na Asa Sul. O celular dele também acabou sendo apreendido.

Wilmar atuou como suplente do senador Cristovam Buarque e chefe de gabinete da liderança do PT no Senado.

 

Em um estacionamento a céu aberto com cerca de 30 trailers em Bristol, no sudoeste da Inglaterra, a brasileira Célia Costa, 45, abre a porta da sua caravana para mostrar os pontos positivos e negativos de ter o veículo como moradia permanente.

"Agora não pago mais aluguel, e sobra mais dinheiro. Mas olha, aqui fica muito frio no inverno, vou ter que colocar carpete. E também não dá para tomar banho."

O espaço é apertado e roupas, sapatos e várias sacolas com objetos diversos ficam expostos no local onde é a sala, quarto e também a cozinha.

Mas a comunidade é organizada e tem regras para manter a limpeza e a segurança, o que, segundo Célia, a deixa tranquila por ser uma mulher que mora sozinha.

Quando saiu de Goiânia com uma passagem só de ida para Bristol, há 5 anos, Célia buscava uma vida melhor.

Morar e trabalhar na Inglaterra, imaginava ela, lhe daria oportunidades financeiras e de qualidade de vida que não poderia ter no Brasil. "Achei que em questão de meses estaria rica", lembra ela.

Na época, sua filha, casada com um britânico, trouxe Célia e outros familiares para morarem com ela. O parentesco permitiu que Célia conseguisse os documentos necessários para se tornar uma imigrante legal.

"A gente ficou um tempo com ela e depois cada um teve que seguir seu caminho. E aí é que você vê que as coisas não são tão fáceis como a gente imagina quando está no nosso país."

Olhando para trás, Célia diz que veio para o Reino Unido com uma "ilusão".

"Não existe esse negócio de ir para outro país e enriquecer, é uma ilusão. Existem dificuldades assim como no Brasil."

"A diferença da moeda é o que atrai as pessoas. São sete vezes mais o valor do real. Aqui, convertendo para o real, eu consigo ganhar R$10.000, o mesmo que o salário da minha patroa no Brasil. Mas a gente tem que ver que eu também gasto em libras, né?"

Desde que chegou no país, sem dominar a língua inglesa, Célia fez dois tipos de trabalhos informais para ter a renda necessária para suas despesas básicas: entrega de alimentos e serviços de limpeza em casas e estabelecimentos.

Crise do custo de vida

Depois de sair da casa da filha, procurando um lugar para morar, ela se deparou com o preço alto dos aluguéis na cidade - algo que afeta não só Bristol, mas todo o Reino Unido.

Nos primeiros anos, morou em casas e apartamentos que dividia com outras pessoas. Mas os ganhos com entregas e dias de cleaner (faxineira, em inglês) não acompanhavam a velocidade com a qual os preços subiam no país.

O Reino Unido enfrenta os desdobramentos de uma crise econômica que teve o auge em 2022, quando a inflação chegou aos dois dígitos, e em 2023, quando o país ficou oficialmente em recessão.

A maior parte da população foi impactada com altas nos preços dos alimentos, de energia e, em especial, dos aluguéis - que só no último ano subiram 8,4%.

Bristol, especialmente, sentiu o impacto. Em fevereiro deste ano, o aluguel na cidade foi considerado o segundo mais caro do país, atrás apenas de Londres.

A média de preço, segundo o Office for National Statistics (ONS) do Reino Unido, chegou a £1.734 (cerca de R$12.484). Para fins de comparação, o salário mínimo no país é £1.667.20 (R$12.000).

"Para alugar apenas um quarto na casa de alguém, eram £800 a £1.000 por mês [R$5.760 a R$7.200]. Eu trabalhava, praticamente, para comer e pagar aluguel. E também tenho dívida no Brasil. Não estava conseguindo arcar com tudo."

"O que eu fiz? Eu abandonei o aluguel, comprei um trailer e fui para dentro dele, assim como muitos brasileiros aqui."

As casas em em caravanas

A comunidade de trailers - ou caravanas, nome derivado do termo inglês caravans - é formada em maioria por imigrantes, mas há também alguns britânicos vivendo ali.

"Eu diria que 80% são brasileiros. A maioria vem da região Norte ou Nordeste do Brasil, mas também têm muitos goianos como eu. E ali no final da rua tem três trailers de ingleses", conta Célia.

Acampamentos como este são considerados irregulares e tratados como 'moradia inadequada' pelo governo britânico. Quem mora aqui, na prática, entra na classificação de sem-teto pelas autoridades.

Célia pagou £1.500 (cerca de R$10.800) na caravana, e fez a mudança há seis meses.

"Eu até estou gostando, mas é complicado para a higiene pessoal. Você vai tomar banho na hora que der… Muita gente usa a academia para isso. Eu vou na casa da minha filha, que fica bem perto daqui."

A falta de aquecimento adequado é outro ponto negativo, já que os trailers não retém calor tão bem quanto casas adaptadas para isso.

Para tentar driblar o frio, a brasileira pretende adicionar um carpete ao veículo, mas ainda não sabe exatamente como vai ser quando o inverno chegar e as temperaturas caírem para cerca de 5 °C - vai ser a primeira vez que passa a estação no trailer.

Quando recebeu a visita da BBC News Brasil, Célia ainda dividia o espaço de cerca de cinco metros com a irmã, que decidiu tentar a vida no país ilegalmente há um ano e meio, e já tinha data marcada para retornar ao Brasil.

Ela diz que, como muitos, sua irmã teve dificuldades para se adaptar.

"Quando a gente vem para cá, vem com o sonho de 'vou lutar e vou conquistar'. Mas quando chega aqui, não é nada daquilo que você achava que seria, e você se deprime, sabe? Você trabalha como uma condenada. Eu trabalhava em cima da moto, das sete da manhã até uma da manhã. Uma hora você cansa. Tinha dias em que eu parava minha moto, sentava no meio-fio e chorava. E é assim que muitos brasileiros aqui vivem."

Célia diz ter feito turnos de 12 a 18 horas muitas vezes trabalhando com entrega de alimentos numa empresa britânica, a Deliveroo.

Em resposta à reportagem, a Deliveroo diz que "isso não é representativo de como os entregadores trabalham. Eles são contratados autônomos e têm total liberdade para escolher quando e por quanto tempo desejam trabalhar."

"Estamos muito preocupados ao saber sobre entregadores vivendo em condições inadequadas. A Deliveroo oferece trabalho flexível que os entregadores nos dizem que desejam, com oportunidades de ganhos atraentes e proteções", disse a empresa, em nota.

Apesar das dificuldades, Lucas*, 24, outro imigrante que veio de Goiânia para Bristol, diz ter encontrado liberdade e independência vivendo na caravana.

"Eu amo aqui. É maravilhoso, meu cantinho…"

Ele chegou à Europa há cinco anos, e diz ter passado muitas dificuldades em outros países até decidir emigrar para a Inglaterra.

"Eu já passei muita raiva com gente que alugava quarto, e acha que tem um poder nas mãos, e te humilha por isso. Aqui vim direto para o trailer, comprei o meu. É uma alternativa que não vou abandonar."

Lucas vive sozinho em um pequeno trailer, onde a sala, o quarto e a cozinha são o mesmo espaço. Ele conta que alguns vizinhos já fizeram melhoramentos: há quem tenha dois quartos, TVs modernas acopladas na sala e sistemas de som integrados aos veículos. São planos para o futuro, diz ele.

Foi seu irmão de consideração, que também reside na cidade, quem o apresentou à comunidade. Para ele, os vizinhos de trailer são um apoio e o fazem sentir menos sozinho no país estrangeiro.

"Aqui hoje todo mundo que se ajuda sabe? Chamam para ‘tomar uma’, assar uma carne, fazer bagunça... Eles não deixam o vizinho dormir, mas pelo menos convidam… É uma comunidade legal", diz Lucas, sorrindo.

Os vizinhos mantêm um grupo de Whatsapp para organizar questões como o lixo deixado e a segurança do local.

"Se alguém demora demais para chegar, mandamos uma mensagem. Também ficamos de olho nas coisas uns dos outros… É como uma família", acrescenta Célia.

A comunidade foi alvo de uma operação do departamento de imigração algumas semanas após a visita da BBC News Brasil, resultando na detenção de imigrantes que estavam no país de forma ilegal.

Por ter documento, Célia não foi afetada, mas Lucas conta ter fugido do local.

Ele diz estar com receio de ser preso e deportado, e por isso, pediu para não ser identificado na reportagem.

A BBC News Brasil pediu detalhes sobre o número de imigrantes detidos e/ou deportados ao Ministério do Inteiro do Reino Unido, mas não recebeu resposta até a publicação deste texto.

'Não recomendo que outras pessoas venham'

Célia diz que recebe mensagens de conhecidos brasileiros que se interessam pela possibilidade de uma vida mais próspera na Europa, mas que hoje não recomendaria a ninguém vir para cá.

"Eu digo: 'Não vou trazer, porque não quero que você passe pelo que eu passei e ainda passo.' Aqueles que eu trouxe já se arrependeram. Dois deles já voltaram porque não aguentaram ficar nem dois anos aqui. Por isso, eu não recomendo a ninguém sair do seu país para tentar algo aqui. Não recomendo de jeito nenhum."

Segundo ela, os pagamentos por entregas feitos pela Deliveroo, principal empresa a qual presta serviços, diminuíram nos úlitmos anos, algo que atribui ao aumento de entregadores na região.

Em resposta BBC News Brasil, a empresa disse que "só integra mais entregadores onde eles são necessários para garantir que a oferta atenda à demanda dos consumidores e onde possa oferecer ganhos atrativos para os entregadores".

Célia também afirma ter visto muitos voltarem ao país em uma situação pior do que a tinham antes.

"Venderam o carro, a casa, praticamente tudo que tinham para vir para cá e não conseguiram recuperar o que gastaram. Então, eu não recomendo. Tenho minha irmã, que veio há um ano e meio e também está retornando. Ela não conseguiu o que veio buscar aqui."

A irmã de Célia escolheu solicitar o retorno voluntário, uma iniciativa do governo britânico oferecida a imigrantes que não têm permissão legal para residir no território.

De acordo com o site do governo, se a pessoa for elegível, o serviço de retornos voluntários pode ajudar explicando as opções para voltar para casa, ajudando a obter documentos de viagem, como um passaporte, e pagando pela passagem área se a pessoa não tiver condição de arcar com essa despesa.

O imigrante também pode ser elegível para solicitar apoio financeiro de até £3.000 (aproximadamente R$21.600), o que a irmã de Célia conseguiu.

O governo considera que esse valor pode ser utilizado para encontrar um lugar para viver, conseguir um emprego ou iniciar um negócio no país de origem.

nLucas também diz não recomendar a emigração para qualquer pessoa.

"Depende bastante de quem é a pessoa. Eu falaria, olha, meu amigo, aqui acontece de tal jeito. É o que tu quer? Aí vai dele, né? Eu não vou mentir e iludir o pessoal, porque fácil não é."

Apesar disso, ambos não querem voltar para o Brasil.

"Aqui você ainda consegue conquistar mais coisas, como um bom carro por um preço mais acessível. Sinceramente, não me vejo mais no Brasil", diz Lucas.

"É uma escolha difícil, porque, apesar de viver melhor financeiramente, você acaba perdendo o convívio com quem ama e as pequenas alegrias que tinha lá", complementa Célia.

"A Inglaterra é um país em que, mesmo sendo pobre, você vive melhor do que no Brasil. A gente consegue ir a restaurantes, comprar roupas boas... Mas isso tem um preço: ser escravizado pelo trabalho. A vida se resume a trabalhar para viver, e viver para trabalhar", diz a brasileira.

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Ótima ferramenta para manter a instância em ordem.

Eu vou entrar mais tarde.

 

O Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro-DF) mobiliza a categoria para uma paralisação nesta quarta-feira (23), a partir das 9h. Na ocasião, ainda será realizado um ato na sede da Secretária de Saúde do DF (SES-DF), em Brasília. Uma assembleia para definir os próximos passos da greve também está prevista.

Desde agosto, os enfermeiros e enfermeiras da SES-DF estão mobilizados por isonomia salarial. O sindicato informa que, até o momento, o Governo do Distrito Federal (GDF) não apresentou uma proposta. "Precisamos abrir um canal de diálogo definitivo com o governo para negociarmos nossa isonomia salarial", diz o presidente do SindEnferemeiros do DF, Jorge Henrique, nas redes sociais.

"Os enfermeiros são peças-chave da saúde pública aqui no DF e a gente precisa apresentar uma proposta para fortalecer o Sistema Único de Saúde com a valorização da nossa categoria", completa o representante sindical.

A greve, afirmam os profissionais, é uma forma de buscar mais justiça para a categoria. Ainda segundo o sindicato, entre as carreiras de ensino superior da Secretaria de Saúde do DF, os enfermeiros são os que ganham menos. "Hoje é a categoria que mais produz nos três níveis de atenção", diz o presidente do sindicato.

Os enfermeiros destacaram também os desafios que enfrentam, como o déficit de profissionais, a alta produtividade, e a crescente diferença salarial, que hoje chega a R$ 5 mil, um aumento significativo quando comparado à diferença de R$ 800 registrada em 2013.

De acordo com dados do Info Saúde de 2023, um painel da Secretaria de Saúde do governo distrital, a categoria lidera o número de consultas de pré-natal. Nos primeiros seis meses de 2024, também foram recordistas em atendimentos gerais, com 1,8 milhão de atendimentos. Já na Atenção Primária à Saúde (APS) ganharam primeiro lugar no ranking, com mais de 1,2 milhão de atendimentos.

Segundo a entidade, desde 2018 o quantitativo de enfermeiros permanece o mesmo, com uma variação de 3.900 a 4 mil profissionais. "Qualitativamente falando, temos produzido mais. Por exemplo, de 2021 para 2024, a gente saiu de 1,2 milhão de atendimentos para 1,7 milhão", explica Jorge Henrique.

Além disso, os enfermeiros ampliaram o acesso ao Dispositivo Ultra Interino (DIU) em 38,7% no segundo semestre de 2023 e realizaram mais de 6 mil partos normais no DF no ano passado. "É um número muito grande, porque, hoje, a estrutura dos hospitais é toda voltada para o médico", afirma o presidente do sindicato.

"Estamos dizendo que nós queremos reconhecimento, uma valorização através da reestruturação da nossa carreira. Mas nós estamos apontando que também somos a solução de muitos gargalos existentes na Secretaria de Saúde. Ou seja, nós estamos nos colocando como solução do problema", destaca o sindicalista.

Faltam profissionais

Faltam mil enfermeiros nos hospitais públicos no Distrito Federal, aponta também o sindicato. Segundo memorando de 11 de agosto, o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) opera com déficit de 2.312 horas semanais da carreira de enfermeiros e de 6.261 horas semanais da carreira de técnicos de enfermagem.

O hospital tem 27 enfermeiros contratados temporariamente, que deverão deixar os plantões nos próximos dias. E o problema ameaça outras unidades da rede pública. Conforme a instituição, atualmente a cobertura de estratégia de Saúde da Família é de apenas 60%. Aproximadamente 5 mil candidatos aprovados no último concurso público para enfermeiro aguardam convocação no DF.

Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Márcia Silva

 

Uma operação conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatou 130 trabalhadores em condições análogas à escravidão no interior de São Paulo.

O grupo foi encontrado em uma fazenda de cultivo de cebola no município de Jeriquara, que fica a 40 km de Franca. O trabalho era feito sem equipamento de proteção, sob sol intenso e com intervalos irregulares, de tempo insuficiente para alimentação e descanso.

Segundo o MTE, a maioria dos trabalhadores calçava chinelos. Nas pausas da jornada, descansavam embaixo dos ônibus que os transportavam. Não havia banheiros em número suficiente, levando algumas pessoas a fazer as necessidades em locais inadequados.

Relatos apontam ainda que a água fornecida pela fazenda acabava antes do meio-dia, o que obrigava o grupo a seguir as tarefas com sede.

Entre os resgatados, foram encontrados três adolescentes com idades entre 15 e 17 anos. Eles atuavam em condições proibidas pela legislação brasileira para menores de 18 anos. Todos os trabalhadores estavam sem registro em carteira.

Após a fiscalização, foi determinado o fim das atividades, a regularização e rescisão dos contratos. O empregador, que não teve a identidade divulgada pelas autoridades, se comprometeu a pagar R$ 260 mil em verbas rescisórias, além de R$ 200 mil por danos morais coletivos.

Edição: Nathallia Fonseca

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Provavelmente. Isso é muito comum.

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Valeu pela dica! Não sei se o Lemmy tem uma ferramenta assim, o máximo que conheço é a opção de marcar imagens como NSFW.

Outra opção que eu vejo é ao invés de copiar toda a notícia fazer um pequeno resumo e deixar os avisos de conteúdo no final. Quem quiser ler a integra acessa o link da publicação.

Obrigado de novo pelo feedback.

[–] [email protected] 0 points 2 weeks ago* (last edited 2 weeks ago) (1 children)

A galera que defende a "liberdade de expressão" não usa esse caso como um exemplo de injustiça... Me pergunto que liberdade é essa que eles defendem...

Um jornalista foi punido por escrever sobre as ideias defendidas por sua agressora, nada muito diferente do que a forma como outras pessoas descrevem o bolsonarismo,

Eu assisti o vídeo da discussão entre esse rapaz e a Zambelli. Ele se referiu aos bolsonaristas como ela como escória e disse que eles voltariam para o esgoto de onde eles tinham saído. A Zambelli estava com dois seguranças e tropeçou sozinha. Logo em seguida ela se levantou e perseguiu esse homem negro numa parte super movimentada da cidade. Ela invadiu um estabelecimento e o obrigou a deitar no chão. Carla Zambelli está livre até hoje e enfrenta processos relacionados a outros crimes.

[–] [email protected] 0 points 2 weeks ago (2 children)

É neste diálogo que Busato reclama que não pode ficar sem receber "a cada peido da Polícia Federal".

A PF voltou a ter um pouco de independência?

"Nós temos que ter uma segurança. Eu estou assustado (...) Tá muito complicado. Imagina botar R$ 800 mil dentro de um avião, nego me pega com avião, tô desgraçado. Não tem cabimento. (...) Eu pego avião de amigo, eu alugo. O caminho é através de terceiros ou através de compras", afirma.

Seria mais fácil se um deles tivesse um cofre grande em seu escritório. Eles poderiam colocar o dinheiro escondido num carrinho de limpeza para mover, funcionários de baixo escalão são fáceis de subornar, silenciar, transferir ou eliminar, o faxineiro não seria um problema. Era só aproveitar a hora da limpeza e guardar os 800 mil no cofre - Me desculpe. Assisti muito aquele filme "Loucas Por Amor, Viciadas Em Dinheiro" na Sessão da Tarde.

Algo vai acontecer com esses canalhas?

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